sexta-feira, 15 de julho de 2016

Pecados (Projeto ÉFETA)--2/07

Pecados:
PECADO MORTAL E VENIAL
Sabemos que ferimos o Coração de Deus com nossos pecados, rompemos a aliança com o Senhor. Mas o que é pecado?
Segundo o Catecismo da Igreja Católica: “O pecado é uma falta contra a razão, a verdade, a reta consciência. É uma falha contra o verdadeiro amor para com Deus e para com o próximo, por causa de um apego perverso a certos bens. Fere a natureza do homem e atenta contra a solidariedade humana. Foi definido como “uma palavra, um ato ou um desejo contrário a Lei eterna” (§1849)
Além do pecado original cometido por Adão e Eva, em cuja sombra nascemos, temos que enfrentar outro tipo de pecado: o que nós mesmos cometemos no dia a dia, que se chama atual. O pecado atual pode ser venial ou mortal.
Mesmo em matéria grave, o meu pecado pode ser venial se tiver havido ignorância ou falta de consentimento pleno. Deus perdoa prontamente os pecados veniais, mesmo que não se recorra ao sacramento da Reconciliação; um ato de contrição e o propósito de emenda bastam para o seu perdão. Cada pecado venial acarreta um castigo aqui ou no purgatório, diminuindo um pouco o amor a Deus em nosso coração e debilitando a nossa resistência às tentações. A soma de pecados veniais acaba por resultando num pecado mortal, porque o número não modifica a espécie do pecado, embora o acúmulo de muitos pecados veniais possa chegar a ser mortal, se vamos dizendo “sim” à tentação grande, quando esta se apresentar. Quem ama sinceramente a Deus tem o propósito habitual de evitar todo o pecado deliberado, seja venial ou mortal.
Pelo sacramento do Batismo nos unimos a Cristo, e o único meio de nos separar d’Ele é repeli-Lo deliberadamente. E isso acontece quando, com plena consciência, deliberada e livremente nos recusamos a obedecer a Deus em matéria grave. Neste caso cometemos pecado mortal que, como a palavra indica, causa a morte da alma.
Para que uma coisa seja pecado mortal, são necessárias três condições. Falta-se qualquer delas, não haverá pecado mortal:
1. Deve ser grave a matéria, seja por pensamento, palavras ou obras (matéria grave é aquela que está relacionada aos 10 mandamentos);
2. Devo saber que o que faço é errado, muito errado. Ter consciência do erro (saber que é pecado);
3. Agir deliberadamente, resolver livremente praticar determinada ação (ou omissão) que é contra a vontade de Deus (ou seja, você precisa querer);
Em síntese, assim nos diz o Catecismo: “Para que um pecado seja mortal, requerem-se, em simultâneo, três condições: “É pecado mortal o que tem por objeto uma matéria grave, e é cometido com plena consciência e de propósito deliberado” (§1857).
É importante que tenhamos ideia clara sobre isso. O pecado mortal, a completa separação de Deus, é demasiado horrível para que possamos tomá-lo com leviandade, utilizá-lo como arma na educação das crianças, ou reduzi-lo ao nível da irreflexão ou das travessuras infantis.
Sete Pecados Capitais:
Os sete pecados capitais têm esse nome porque são a origem dos outros pecados que nos separam do Amor de Deus. A doutrina dos pecados capitais possui farta base bíblica e teológica, sendo parte do ensino moral cristão básico.

O estudo dos pecados capitais é importante porque se reflete na libertação espiritual do indivíduo que adere à Igreja. Afinal, que pessoa pode se declarar livre, se na verdade é uma prisioneira das suas próprias fraquezas e inclinações? Foi justamente para que fôssemos livres que Jesus se entregou em Santíssimo Sacrifício. Assim é que, para alcançarmos uma vida livre e feliz, repleta de Graça, é muito útil conhecermos os pecados capitais. E eles estão presentes em nossas vidas hoje do mesmíssimo modo como estavam nos tempos antigos, – e, infelizmente, como sempre estarão, até a hora da libertação final.

"Capital" quer dizer essencial, fundamental, isto é, o mais importante, aquilo que está no centro de uma questão. Pecado capital, portando, é o pecado mais importante, o que dá fundamento a tudo que é prejudicial para nós. É chamado também de pecado hegemônico. Foi no século IV que São Gregório Magno e São João Cassiano definiram os pecados capitais em número de sete.

1) Soberba/orgulho
2) Avareza; 
3) Inveja; 
4) Ira; 
5) Luxúria; 
6) Gula; 
7) Preguiça

Até hoje essa classificação é um consenso doutrinal na Igreja: no dia-a-dia, o católico deve se lembrar desses pecados no seu exame de consciência, ao se preparar para a confissão. Eles servem para identificar o defeito dominante que determina os outros.

Pecados capitais, então, são como as “cabeças”, os pontos de partida para outros pecados. Os demais erros que cometemos são sempre uma variação de um dos pecados capitais, ou uma combinação deles. 

1. Soberba ou orgulho: é quando nos achamos melhores que as outras pessoas. Você se torna o seu próprio deus, e a glória de tudo o que você faz sempre vai para você mesmo; o seu umbigo torna-se o centro do Universo.

2. Avareza: amor ao dinheiro. O dinheiro torna-se tudo na vida, e você crê que com ele pode comprar tudo de que precisa, inclusive pessoas. Seres humanos passam a valer menos que seu dinheiro. O dinheiro como deus é o único tipo de idolatria condenado diretamente por Jesus Cristo.

3. Luxúria: fazer-se escravo dos prazeres sexuais. A vida passa a girar em torno do sexo. Ver uma mulher/homem formosa (o) já faz pensar em sexo, levando a prolongados e consentidos exercícios de imaginação impuros, o que, por sua vez, pode descambar na masturbação, fornicação ou adultério: todos frutos da luxúria. O adultério, em pensamento ou em ato, é uma consequência inevitável da luxúria, pois quem se torna escravo das obsessões sexuais nunca está satisfeito com uma única parceira ou parceiro, nem consegue se adaptar a monogamia desejada por Deus.

4. Ira: indispor-se, inflamar-se raivosamente, ofender ou brigar, mesmo sem motivo. Guardar mágoa ou rancor de alguém; praticar o pecado da ira é não perdoar as setenta vezes sete que Jesus manda. Veja Mateus 5,22; 23,27.

5. Gula: é o desejo insaciável, além do necessário, em geral por comida ou bebida. Esse pecado também está relacionado ao egoísmo humano: querer ter sempre mais, não se contentando com o que já tem, uma forma de cobiça. Ela seria controlada pelo uso da virtude da temperança.

6. Inveja: é quando queremos ter algo igual àquilo que o nosso próximo possui, mesmo que não exista a necessidade, só para que não nos sintamos inferiores. Pior ainda, é desejar o mal para uma pessoa que tenha algo que nós não temos, seja sua beleza, habilidade, amizades, emprego, bens materiais, etc.

7. Preguiça: pecado que acontece quando temos tempo e saúde a nossa disposição, mas não fazemos coisas boas e úteis, apenas pelo “prazer de fazer nada”. – Não é pecado o justo descanso nem o tempo empregado no lazer e no relaxamento físico e mental, mas sim o ato de se desperdiçar sistematicamente as oportunidades que recebemos para realizar coisas boas para a nossa vida e/ou para as vidas dos nossos próximos. Preguiça está relacionada ao desânimo, à apatia, à indolência, ao desleixo; é um desejo crônico de “descansar”, mesmo que não se esteja cansado.

Como resistir a esses pecados:

Penitência não é só jejuar e se privar de coisas das quais gostamos. Penitência também é prestar atenção a si mesmo, observar os próprios pensamentos, que por consequência controlam os nossos atos e o nosso modo de ser e viver. Ser tentado não é pecado. Pecado é ceder à tentação.

Também a humildade é uma virtude e um fator necessário na equação da luta contra o pecado: sem humildade ninguém incorpora virtude alguma. Santa Teresa D’Ávila considerava a humildade como o “chão das virtudes”, isto é, a base sobre a qual se apoia a vida cristã.

(Informação retirada do site O FIEL CATÓLICO)

Questionário:

1.     1) Qual a diferença entre o pecado venial e mortal?
2.     2) Quais são as três condições para haver um pecado mortal?
3.    3) Dê um exemplo, da sua vida, de pecado venial e um exemplo de pecado mortal:
4.      4) Explique porque os sete pecados capitais são chamados dessa forma:
5.     5) Escolha, PELO MENOS, três dos sete pecados capitais e descreva a sua experiência de vida com cada um deles: qual foi o pecado, o que esse pecado te levou a fazer e o que você fez (ou pretende fazer) para resistir a esse pecado.

As respostas dessas perguntas devem ser escritas em uma folha de papel (pode ser de caderno), com caneta azul ou preta, e entregue ao catequista.

*Não aceitamos digitado.

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