sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

O LAÇO E O ABRAÇO Mário Quintana

Meu Deus! Como é engraçado!
Eu nunca tinha reparado como é curioso um laço... uma fita dando voltas.

Enrosca-se, mas não se embola, vira, revira, circula e pronto: está dado o laço. É assim que é o abraço: coração com coração, tudo isso cercado de braço.

É assim que é o laço: um abraço no presente, no cabelo, no vestido, em qualquer coisa onde o faço. E quando puxo uma ponta, o que é que acontece? Vai escorregando... devagarzinho, desmancha, desfaz o abraço.

Solta o presente, o cabelo, fica solto no vestido.

E, na fita, que curioso, não faltou nem um pedaço.

Ah! Então, é assim o amor, a amizade.

Tudo que é sentimento. Como um pedaço de fita. Enrosca, segura um pouquinho, mas pode se desfazer a qualquer hora, deixando livre as duas bandas do laço. Por isso é que se diz: laço afetivo, laço de amizade.

E quando alguém briga, então se diz: romperam-se os laços. E saem as duas partes, igual meus pedaços de fita, sem perder nenhum pedaço. Então o amor e a amizade são isso...

Não prendem, não escravizam, não apertam, não sufocam.

Porque quando vira nó, já deixou de ser um laço!

Que nossas vidas, nosso Natal e o Ano de 2017 sejam repletos de lindos laços.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Sorte ou azar

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domingo, 25 de dezembro de 2016

Mensagem de Nossa Senhora em 25de Dezembro de 2016.


"Queridos filhos!

Com grande alegria hoje trago-vos o meu Filho Jesus para que Ele lhe dê a Sua paz.

Abram seus corações, filhinhos, e estejam felizes por poderem recebê-la. O céu está com vocês e luta pela paz em seus corações, nas famílias e no mundo, e vocês, filhinhos, ajudem com suas orações para que assim seja.

Abençoo-vos com meu Filho Jesus e convido-vos a não perderem a esperança e que seus olhos e coração estejam sempre dirigidos para o céu e para a eternidade.

Dessa forma, eles estarão abertos a Deus e aos Seus planos.

Obrigada por terem respondido ao meu chamado."

domingo, 11 de dezembro de 2016

Sorte ou Azar?

"Havia numa Aldeia um velho muito pobre que possuía um lindo cavalo branco.

Numa manhã ele descobriu que o cavalo não estava na cocheira.
Os amigos disseram ao velho:

– Mas que desgraça, seu cavalo foi roubado!

E o velho respondeu:

– Calma, não cheguem a tanto.
Simplesmente digam que o cavalo não está mais na cocheira.

- O resto é julgamento de vocês.
As pessoas riram do velho.
Quinze dias depois, de repente, o cavalo voltou.

Ele havia fugido para a floresta.

E não apenas isso; ele trouxera uma dúzia de cavalos selvagens consigo.
Novamente as pessoas se reuniram e disseram:

– Velho, você tinha razão.
Não era mesmo uma desgraça, e sim uma bênção.

E o velho disse:

– Vocês estão se precipitando de novo.

Quem pode dizer se é uma bênção ou não?

Apenas digam que o cavalo está de volta.

O velho tinha um único filho que começou a treinar os cavalos selvagens.

Apenas uma semana mais tarde, ele caiu de um dos cavalos e fraturou as pernas.

As pessoas se reuniram e, mais uma vez, se puseram a julgar:

– E não é que você tinha razão, velho?

Foi uma desgraça seu único filho perder o uso das duas pernas.

E o velho disse:

Mas vocês estão obcecados por julgamentos, hein?

Não se adiantem tanto.

Digam apenas que meu filho fraturou as pernas.

Ninguém sabe ainda se isso é uma desgraça ou uma bênção…

Aconteceu que, depois de algumas semanas, o País entrou em Guerra e todos os jovens da aldeia foram obrigados a se alistar, menos o filho do velho.

E os que foram para a guerra, morreram…

Quem é obcecado por julgar, cai sempre na armadilha de basear seu julgamento em pequenos fragmentos de informação, o que o levará a conclusões precipitadas.

Nunca encerre uma questão de forma definitiva, pois quando um caminho termina, outro começa, quando uma porta se fecha, outra se abre…

As vezes vemos apenas a desgraça e não vemos a bênção que ela nos traz…"

(Osho)

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Como fazer uma boa confissão (Projeto ÉFETA-15/10)

Como fazer uma boa confissão?


Na luta contra o pecado, uma das grandes armas de auxílio do cristão é o sacramento da Penitência. Quando, por infelicidade, o homem cai no abismo do pecado, é por meio da Confissão que ele se reconcilia com a Igreja; é através da acusação aos sacerdotes, "embaixadores em nome de Cristo"01, que ele recupera a graça de Deus.
Para colher os frutos deste sacramento, além do simples perdão dos pecados, é necessária a colaboração do homem. Os sacramentos, enquanto instrumentos de Deus para aplicar os méritos de Cristo, aumentam a graça de forma infalível (ex opere operato), mas, na prática, o seu efeito santificador é proporcional às disposições interiores da alma (ex opere operantis). Se uma pessoa que se confessa quotidianamente não consegue notar nenhum progresso na vida espiritual ou nenhum sinal de que está trilhando a senda da santificação, isto pode acontecer não por causa da ajuda divina, mas pela imperfeição de suas próprias disposições.
Assim como o sol é um só, mas atua diferentemente quando seus raios caem no metal ou no barro, a graça de Deus também atua sobre todos aqueles que a pedem, mas alguns, abrindo-se mais à Sua ação, se santificam mais que outros. O calor que o sol provoca é diferente não por um defeito seu, mas justamente porque age sobre materiais diferentes. Na eficácia do sacramento o homem não influi como causa, mas como recipiente.
Quanto às disposições interiores do penitente, elas dividem-se em habituais e atuais.
As primeiras resumem-se, de modo prático, às três virtudes teologais. Quem quer que se achegue ao tribunal da Confissão deve aproximar-se dele com espírito de fé, afinal, embora vá acusar seus pecados a um homem, pecador como ele, quem age na absolvição dos pecados e aconselha o penitente é o próprio Cristo. "Só Deus perdoa os pecados", indica o Catecismo da Igreja Católica. No entanto, "em virtude de sua autoridade divina, [Ele] transmite esse poder aos homens para que o exerçam em seu nome"02. Ao entrar no confessionário para ouvir os fiéis, também os sacerdotes deveriam tomar consciência da dignidade deste "ministério da reconciliação"03 exercido por ele in persona Christi.
O penitente deve ainda se aproximar deste sacramento com a máxima confiança (esperança) de ser perdoado – contanto que esteja verdadeiramente arrependido de suas faltas – e com amor de Deus, sem o qual ele não pode se desapegar de seus pecados, por leves que sejam.
As disposições atuais para receber este sacramento são aquelas necessárias ao penitente à hora da acusação. O que é necessário para se confessar – e se confessar bem? O padre Antonio Royo Marín escreve:
"Em primeiro lugar, acercar-nos-emos do tribunal da penitência em cada ocasião como se aquela fosse a última confissão de nossa vida, como preparação imediata para o viático e o juízo de Deus. Deve-se combater com energia o espírito de rotina, não se confessando por mero costume de fazê-lo a cada tantos dias, mas empregando o máximo empenho em conseguir, com a graça de Deus, uma verdadeira conversão e renovação de nossa alma."04
A primeira das disposições atuais tratadas pelo padre Royo Marín em sua obra é o exame de consciência. Quem está habituado a realizar esta prática todos os dias05, não sentirá muitas dificuldades em examinar-se antes da confissão, já que terá sempre diante de si as faltas cometidas, prontas a serem contadas ao sacerdote. À hora do exame, é importante não desculpar os próprios defeitos, tentando atribuir a causa dos pecados a fatores externos, nem inventar pecados que sequer foram cometidos – prática comum de almas escrupulosas. Ao mesmo tempo, quanto às faltas veniais, não se deve perder tempo com detalhes, mas, sim, procurar a raiz dos problemas, a fim de que o confessor não apenas perdoe os pecados, mas indique os remédios para a cura da doença espiritual que a pessoa apresente.
Sem a contrição de coração o sacramento da Confissão sequer é válido. Santo Tomás escreve que "a matéria próxima deste sacramento são os atos do penitente, que têm, por sua vez, como matéria os pecados arrependidos e confessados e pelos quais cumpre uma satisfação. Daí se segue que a matéria remota da penitência são os pecados, não enquanto desejados na intenção, mas enquanto devem ser detestados e destruídos"06. Ora, sem "detestar" os pecados cometidos, não há matéria para este sacramento. Quem se aproxima do tribunal da Penitência sem arrependimento, por mais que receba a absolvição, não é perdoado.
O motivo pelo qual o pecador se arrepende também é importante: não pode ser por qualquer coisa natural – por uma doença física ou pela vergonha diante dos homens, por exemplo –, mas por uma aflição de origem sobrenatural: o indivíduo arrepende-se ou porque perdeu o Céu e mereceu as penas eternas do inferno (atrição) ou porque, tomando consciência do grande amor com que foi amado, foi ingrato e perdeu Deus, o sumo Bem (contrição perfeita).
Tanto a atrição quanto a contrição perfeita são válidas como arrependimento, mas quem quer que deseje trilhar o caminho da santidade não deve se contentar com a senda do temor.
"Nada, pois, há de procurar com tanto empenho a alma que queira santificar-se como esta intensidade de contrição nascida do amor de Deus, da consideração de sua infinita bondade e misericórdia, do amor e dos sofrimentos de Cristo, da monstruosa ingratidão do pecador para com um Pai tão bom, que nos tem enchido de incompreensíveis benefícios etc. Mas, bem persuadida de que esta graça da perfeita e intensa contrição é um dom de Deus que só se pode impetrar por meio da oração, humilhar-se-á profundamente diante da divina Majestade, implorando-a com insistência, por intercessão de Maria, mediadora de todas as graças."07
As pessoas tendem a confundir esta contrição perfeita com um sentimento, com uma expressão física de comoção ou de dor, mas isto é um aspecto meramente acidental do arrependimento. "Não é necessário manifestar exteriormente a contrição interna por meio de suspiros, lágrimas, etc.: tudo isto pode ser sinal de contrição, não é, porém, sua essência. A essência da contrição está na alma, na vontade, em afastar-se deveras do pecado e converter-se para Deus"08. Assim, só Deus, que perscruta o coração dos homens, é capaz de ver a verdadeira contrição.
Tal é a importância dessa disposição interior que o Doutor Angélico adverte ser tanto maior a graça que se alcança após a absolvição quanto mais intensa for a contrição forjada pelo penitente. "A intensidade do arrependimento do penitente é, às vezes, proporcionado a uma maior graça que aquela da qual caiu pelo pecado; às vezes, a igual; e, às vezes, a menor. E pela mesma razão o penitente se levanta às vezes com maior graça do que tinha antes; às vezes, com igual; e, às vezes, com menor"09, escreve. Por isso, diz o pe. Royo Marín, "é (...) de grande importância procurar a máxima intensidade possível no arrependimento e na contrição para lograr recuperar o mesmo grau de graça ou quiçá um maior do que o que se possuía antes do pecado"10.
Também não é possível obter o perdão dos pecados sem o propósito firme. Mais do que tornar ineficaz a recepção do sacramento, a sua falta acaba por invalidar a absolvição. Afinal, se a pessoa se acusa ao sacerdote mas não está disposta a renunciar ao pecado, deixando de cometê-lo, qual o sentido de seu arrependimento? O padre Royo Marín alerta ainda que, além de um "propósito geral de não voltar a pecar", é preciso que o penitente tome "uma resolução clara, concreta, enérgica, de empregar os meios para evitar tal ou qual falta ou se adiantar na prática de uma determinada virtude"11.
Considera-se, enfim, a confissão vocal. Santo Tomás resume, em alguns versos, quais devem ser as qualidades da boa acusação: Sit simplex, humilis confessio, pura, fidelis, atque vera, frequens, nuda, discreta, libens, verecunda, integra, secreta, lacrimabilis, accelerata, fortis et accusans, et sit parere parata. – Seja simples, humilde a confissão, pura, fiel, frequente, clara, discreta, voluntária, verecunda, íntegra, secreta, lacrimosa, pronta, forte, acusadora e disposta a obedecer12. Destas dezesseis qualidades, destaque-se os termos "humilde" – pois o penitente deve colocar-se diante de Deus como quem não está merecendo nada –, "íntegra" – pois os pecados mortais devem ser confessados integralmente e na maior precisão numérica possível – e "frequente" – pois, sendo um meio eficacíssimo de santificação, deve ser procurado continuamente, assim como o procuraram os grandes santos.
Por fim, chega-se à satisfação sacramental. Embora as faltas do penitente sejam plenamente perdoadas já na acusação contrita, restam a pena temporal devida pelo pecado e a enfermidade que deve ser remediada pelo confessor. É neste departamento que cabem as exortações à terapia das doenças espirituais13. É importante que o fiel cumpra atentamente e o mais depressa possível a penitência imposta pelo sacerdote, já que, diz o Doutor Angélico, "nela opera o poder das chaves, de sorte que tem mais valor para expiar o pecado que se o homem realizasse a mesma obra por seu próprio arbítrio"14.

Padre Paulo Ricardo
Referências
1.       2 Cor 5, 20
2.       Catecismo da Igreja Católica, parágrafo 1441
3.       2 Cor 5, 18


Site CHRISTO NIHIL PRAEPONERE

Os 10 Mandamentos da Lei de Deus (Projeto ÉFETA)

Os 10 Mandamentos da Lei de Deus

Durante este Ano da Fé, a Renovação no Espírito Santo apresentou uma releitura dos 10 mandamentos por meio da iniciativa “10 praças para 10 mandamentos“, com dez grandes eventos (cada um deles dedicado a um preceito) de oração, louvor, música, dança e testemunhos de fé, nas principais praças de dez cidades italianas.
Esta é a sua interessante “tradução” das Tábuas da Lei à linguagem atual, para mostrar ao homem de hoje o caminho de liberdade traçado nestes dez preceitos:
Eu sou o Senhor teu Deus. A crise do homem moderno é crise de Deus, eclipse de Deus, ignorância de Deus, aversão a Deus. A esperança dos homens é decepcionada quando buscam respostas fora de Deus. O homem subordina sua vida, seu futuro, tudo o que possui de bom a outros “senhores”. Longa seria a lista de todos os “falsos senhorios” propostos pelo espírito do mundo, oposto ao Espírito de Deus.
Não terás outro Deus fora de mim. Os ídolos parecem desfrutar de uma saúde excelente, enquanto Deus parece suscitar menos fascínio no homem moderno. No entanto, são “ídolos mudos”, que não podem salvar o coração do homem em sua mais recôndita necessidade de amar e ser amado. Quantas imitações, quantas distorções do verdadeiro rosto de Deus! Faz-se guerra em nome de Deus, mas Deus é uno; se é “uno”, não pode estar em conflito, em perene conflito entre gerações e povos.


Não invocarás o nome de Deus em vão. De quantas maneiras se insulta Deus, se blasfema, se altera sua verdadeira essência! É fácil usar o nome de Deus adaptando-o às próprias necessidades. Há muitos falsos profetas que abusam dos outros, especialmente dos “fracos”, em nome de Deus. Há crentes que dizem se salvar sozinhos, dando a Deus o nome de “misericórdia”, mas esquecendo que seu nome também é “verdade” e “justiça”.

Santificarás as festas. A festa e, portanto, o repouso do trabalho, é o espaço oferecido para a intimidade com Deus. O tempo reservado à descoberta de si mesmo em relações de verdadeira fraternidade com os outros. Assistimos à desnaturalização desta verdade: a festa não alimenta mais a necessidade que o homem tem de Deus, mas o faz esquecer disso, tornando-se cada vez mais sinônimo de consumismo, prazer, aquisição e desfrute dos bens materiais.


Honrarás teu pai e tua mãe. Os filhos nascem de um pai e de uma mãe, não de doadores de esperma ou de barrigas de aluguel, em nome de uma nova ética social. Quantos filhos órfãos, pela paternidade negada ou rejeitada inclusive pelas próprias legislações humanas! Como os filhos poderão honrar seus pais e mães se estes se mantêm “anônimos”? Quem honra pai e mãe respeita sua própria história, as memórias familiares que conferem identidade social.


Não matarás. É possível matar de muitas maneiras, não somente com armas; mata-se também com a língua, com a ignorância, com o silêncio. Não matar significa também defender a vida, sempre, e não somente quando se pode ou convém. A vida: em seu início, em seu desenvolvimento, em seu final. A vida não pode ser mortificada. Em tempos de crise, não se podem favorecer novos assassinos: os suicídios são muitas vezes filhos de uma pobreza provocada ou de um bem-estar desenfreado que desaparece de repente.


Não cometerás atos impuros. Os atos impuros também são cometidos por uma cultura obcecada, que faz da liberação do sexo um dos seus maiores negócios, precisamente a partir da degradação da dignidade do homem e da mulher. Tornar a prostituição mais “decente” não a torna menos exploração do corpo; pelo contrário, cedo ou tarde, inclusive a pedofilia será socialmente compatível com as “necessidades da modernidade“. É impuro não conservar a unidade entre corpo e espírito, violentar o espírito em nome do bem-estar corporal.


Não roubarás. O furto é uma intenção má que está dentro de nós. Não se trata somente de não roubar algo de uma pessoa, e sim de não roubar a pessoa em si, ou seja, privá-la do seu tempo, da sua dignidade, do seu futuro, da justiça, da paz. É preciso educar na generosidade de coração, experimentando a economia do dom, da gratuidade. A raiz do “não roubar” também é o possuir: rouba-se porque não se está satisfeito com o que se tem, invadido pelo desejo de ter e acumular.


Não levantarás falso testemunho. Também o falso testemunho está dentro de nós como mentira, como abrandamento da verdade. É uma atitude que se torna cultura, que se estabiliza no homem como simulação, ficção, verossimilitude da realidade substituída pela ficção. Estar do lado da verdade, defendê-la, é um ato de justiça e de amor a si mesmo e aos outros.


Não desejarás a mulher do próximo. “A mulher do outro”: parece um mandamento aos homens; mas hoje também significa “o homem da outra”. A mulher e o homem não são uma coisa que se deseja, que pertence a alguém como objeto. Quantos delitos passionais, quanta violência doméstica, quanta discriminação do gênero feminino respondem a esta lógica desumanizadora!


Não cobiçarás as coisas alheias. A inveja se encontra na base deste e do anterior mandamento. É o mais “sociável” dos vícios. A modernidade exaltou a cultura da inveja. Nas sociedades civis avançadas, no Ocidente, o pressuposto da democracia é a igualdade: “devo ter os mesmos direitos dos outros”. Mas isso não significa sofrer do “complexo de ser idênticos”, ou seja, de possuir as mesmas coisas que os outros, tornando-se escravo das coisas, empobrecendo-se, endividando-se, enfermando-se por aquilo que se inveja e não se pode possuir.

Em sua mensagem aos participantes da iniciativa “10 praças para 10 mandamentos“, o Papa Francisco perguntou: “Que sentido têm para nós estas Dez Palavras? Que dizem elas à nossa época, agitada e confusa, que parece querer renunciar a Deus?”.
E respondeu: “Os Dez Mandamentos são um dom de Deus. A palavra ‘mandamento’ não está na moda; ao homem de hoje evoca algo de negativo, a vontade de alguém que impõe limites, que causa obstáculos à vida. E infelizmente a história, também recente, é marcada por tiranias, ideologias e lógicas que impuseram e oprimiram, que não procuraram o bem do homem, mas sim o poder, o sucesso e o lucro”.
“No entanto, os Dez Mandamentos derivam de um Deus que nos criou por amor, de um Deus que estabeleceu uma aliança com a humanidade, de um Deus que deseja só o bem do homem. Tenhamos confiança em Deus! Confiemos nele!”, exclamou o Papa.




Comshamom.org



terça-feira, 25 de outubro de 2016

Mensagem de Nossa Senhora no dia 25 de outubro de 2016 - Vidente Marjia Pavlovic.


"Queridos filhos! Hoje, EU estou chamando vocês: rezem pela paz. Deixem o egoísmo e vivam as mensagens que EU estou lhes dando. Sem elas, vocês não podem mudar a sua vida. Pela oração viva, vocês terão paz. Por viver na paz, vocês sentirão necessidade de testemunhar, porque vocês descobrirão DEUS que vocês agora sentem estar longe.

Portanto, filhinhos, rezem, rezem, rezem e permitam a DEUS entrar em seus corações. Retornem ao jejum e à confissão para vencer o mal em vocês e ao redor de vocês.

Obrigada por terem respondido ao MEU Chamado."

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Mandamentos da Igreja (Projeto ÉFETA-17/09)

OS MANDAMENTOS DA IGREJA
Cristo deu poderes à Sua Igreja a fim de estabelecer normas para a salvação da humanidade. Ele disse aos Apóstolos: “Quem vos ouve a mim ouve, quem vos rejeita a mim rejeita, e quem me rejeita, rejeita Aquele que me enviou” (Lc 10,16). E prossegue: "Em verdade, tudo o que ligardes sobre a terra, será ligado no céu, e tudo o que desligardes sobre a terra, será também desligado no céu.(Mt 18,18)
Por isso escolheu Pedro e os outros apóstolos, que transmitiram aos seus sucessores, Papas e Bispos, os poderes que receberam de:
·         -Ensinar a doutrina de Cristo
·         -Santificar pelos sacramentos
·         -Governar mediante leis
Entretanto, há três diferenças entre os mandamentos da lei de Deus e os da Igreja: 
a)    Os primeiros obrigam todos os homens, os segundos somente obrigam aos cristãos batizados.
b)    Os primeiros são imutáveis, os segundos podem mudar (mas, enquanto não mudam, devemos obedecê-los)
c)    Os primeiros não podem ser dispensados por nenhuma autoridade ou razão, quanto que o segundo deixa de obrigar:
·         Por razões graves
·         Por dispensa da autoridade eclesiástica
Então, a Igreja legisla com o “poder de Cristo”, e quem não a obedece, não obedece a Cristo e, consequentemente, a Deus Pai.

De modo que para a salvação do povo de Deus, a Igreja estabeleceu cinco obrigações que todo católico tem de cumprir, conforme ensina o Catecismo da Igreja Católica (CIC). Este ensina: “Os mandamentos da Igreja situam-se nesta linha de uma vida moral ligada à vida litúrgica e que dela se alimenta. O caráter obrigatório dessas leis positivas promulgadas pelas autoridades pastorais tem como fim garantir aos fiéis o mínimo indispensável no espírito de oração e no esforço moral, no crescimento do amor de Deus e do próximo.” (§2041)
Note que o Catecismo diz que isso é o “mínimo indispensável” para o crescimento na vida espiritual dos fiéis. Podemos e devemos fazer muito mais, pois isso é apenas o mínimo obrigado pela Igreja. Ela sabe que, como Mãe, tem filhos de todos os tipos e condições, portanto, fixa, sabiamente, apenas o mínimo necessário, deixando que cada um, conforme a sua realidade, faça mais. E devemos fazer mais.
1º Primeiro mandamento da Igreja: “Participar da Missa inteira aos domingos, de outras festas de guarda e abster-se de ocupações de trabalho”:

Ordena aos fiéis que santifiquem o dia em que se comemora a ressurreição do Senhor, e as festas litúrgicas em honra dos mistérios do Senhor, da Santíssima Virgem Maria e dos santos, em primeiro lugar participando da Celebração Eucarística, em que se reúne a comunidade cristã, e se abstendo de trabalhos e negócios que possam impedir tal santificação desses dias (Código de Direito Canônico-CDC , cân. 1246-1248) (§2042).
Os Dias Santos com obrigação de participar da Missa são esses conforme o Catecismo: Devem ser guardados [além dos domingos] o dia do Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo, da Epifania (domingo no Brasil), da Ascensão (domingo) e do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo (Corpus Christi), de Santa Maria, Mãe de Deus (1º de janeiro), de sua Imaculada Conceição (8 de dezembro) e Assunção (domingo), de São José (19 de março), dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo (domingo) e, por fim, de Todos os Santos (domingo) (CDC, cân. 1246,1; n. 2043 após nota 252) (§2177).
·         Ouvir a missa inteira aos domingos e festas de preceitos
·         O fiel deve estar presente no local. Não cumpre o preceito quem sem possibilidade grave, assiste a missa pelo rádio ou TV.
·         Deve assistir a missa inteira, não se omitir da audição da homilia.
·         Deve –se assistir a missa guardando a devida atenção, sendo um absurdo que se fique: lendo livros que não digam respeito à missa, no celular, mascando chiclete, comendo pipoca,dormindo ou conversando.
·         Deve-se assistir a missa com devoção, ou seja, acompanhando suas devidas partes, procurando recitar as orações da mesma e procurando crer na verdade de que ali se perpetua verdadeiramente o sacrifício de Jesus.

Causas que dispensam a missa:
·         Impossibilidade física: doença, viagem para locais sem celebração
·         Grave necessidade: cuidado com doentes ou crianças muito pequenas, trabalho não transferível, desde que se faça o máximo possível para mudar essa situação.

2º – Segundo mandamento: “Confessar-se ao menos uma vez por ano”:

Assegura a preparação para a Eucaristia pela recepção do Sacramento da Reconciliação, que continua a obra de conversão e perdão do Batismo (CDC, cân. 989). É claro que é pouco se confessar uma vez ao ano, seria bom que cada um se confessasse ao menos uma vez por mês, pois fica mais fácil de se recordar dos pecados e de ter a graça para vencê-los.
OBS: Embora a igreja só obrigue uma vez ao ano, ela recomenda a confissão freqüente, meio necessário para sair do pecado mortal, evitar a multiplicação dos pecados veniais e perseverar no bem.

3º – Terceiro mandamento: “Receber o sacramento da Eucaristia ao menos pela Páscoa da ressurreição”: (O período pascal vai da Páscoa até a Festa da Ascensão) e garante um mínimo na recepção do Corpo e do Sangue do Senhor em ligação com as festas pascais, origem e centro da Liturgia cristã (CDC, cân. 920).

Também é muito pouco comungar ao menos uma vez ao ano. A Igreja recomenda (não obriga) a comunhão diária.
Quem se encontra em pecado mortal não pode comungar sem se ter confessado antes, pois para esse tipo de pecado, não basta a contrição.
·         A abstenção de qualquer alimento ou bebida é de uma hora antes da comunhão, exceto se for água.


4º – Quarto mandamento: “Jejuar e abster-se de carne, conforme manda a Santa Mãe Igreja”: (No Brasil, isso deve ser feito na Quarta-feira de Cinzas e na Sexta-feira Santa).

Esse jejum consiste em um leve café da manhã, um almoço leve e um lanche também leve à tarde, sem mais nada no meio do dia, nem o cafezinho. Quem desejar, pode fazer um jejum mais rigoroso; o obrigatório é o mínimo. Os que já tem mais de sessenta anos estão dispensados da obrigatoriedade, mas podem fazê-lo se desejarem.
Diz o Catecismo que o jejum “determina os tempos de ascese e penitência, os quais nos preparam para as festas litúrgicas, contribuem para nos fazer adquirir o domínio sobre nossos instintos e a liberdade de coração (CDC, cân. 882)”.
·         O jejum obriga dos 18 aos 59 anos e pode haver certas causas que dispensem dele: Doença, debilidade ou carência de recursos econômicos.
·         A abstinência obriga desde os 14 anos.
·         Jejum: ter uma só refeição ao dia, embora se permita tomar um pouco de alimento pela manhã e a noite.
·         Abstinência: nos abster de comer carne.

5º – Quinto mandamento: “Ajudar a Igreja em suas necessidades”:

Recorda aos fiéis que devem ir ao encontro das necessidades materiais da Igreja, cada um conforme as próprias possibilidades (CDC, cân. 222). Não é obrigatório que o dízimo seja de 10% do salário, nem o Catecismo nem o Código de Direito Canônico obrigam essa porcentagem, mas é bom e bonito se assim o for. O importante é, como disse São Paulo, dar com alegria, pois
Deus ama aquele que dá com alegria (cf. 2Cor 9, 7). Essa ajuda às necessidades da Igreja pode ser dada uma parte na paróquia e em outras obras da Igreja.
Nota: Conforme preceitua o Código de Direito Canônico, as Conferências Episcopais de cada país podem estabelecer outros preceitos eclesiásticos para o seu território (CDC, cân. 455) (§2043).

Demos graças a Deus pela Santa Mãe Igreja que nos guia. O Papa Paulo VI disse que “quem não ama a Igreja não ama Jesus Cristo”.
OBS: Não trabalho e não tenho dinheiro para dar o dízimo, mas eu posso contribuir na igreja: com os dons e talentos que o Senhor me deu, fazendo a leitura ou cantando na missa, na catequese, enfim, em várias funções que a minha paróquia necessitar.

QUESTIONÁRIO SOBRE OS MANDAMENTOS DA IGREJA:

1)    Quais as 3 diferenças entre os mandamentos da lei de Deus e os da Igreja?
2)    Quais são os 5 mandamentos da Igreja?
3)    Qual a diferença entre jejum e abstinência?
4)    Como você pode ajudar nas necessidades da Igreja Católica?

5)    Quais são as causas que nos dispensam de assistir a missa?

quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Bíblia (Projeto ÉFETA-10/09)

           FORMAÇÃO SOBRE BÍBLIA


A Bíblia foi escrita por orientais que têm uma mentalidade bem diferente da greco-romana, da qual nós descendemos. Diversos foram os seus escritores, que viveram entre os anos 1200 a.C. a 100 d.C. Isso, sem contar que foi escrita em línguas hoje inexistentes ou totalmente modificadas, como o hebraico, o grego, o aramaico, fato este que dificulta enormemente uma tradução, pois muitas vezes não se encontram palavras adequadas.Outra razão para se considerar a Bíblia um livro difícil é que ela foi escrita por muitas pessoas, ás vezes até desconhecidas e em situações concretas as mais diversas. Por isso, para bem entendê-la é necessário colocar-se dentro das situações
vividas pelo escritor, o que é de todo impraticável. Quando muito, consegue-se uma aproximação metodológica deste entendimento.
Além do mais, a Bíblia é um livro inspirado e é muito importante saber entender esta inspiração, para haurir com proveito a mensagem subjacente em suas palavras. Dizer que a Bíblia é inspirada não quer dizer que o escritor sagrado (ou hagiógrafo) foi um mero instrumento nas mãos de Deus, recebendo mensagens ao modo psicográfico. É necessário entender o significado mais próprio da ‘inspiração’ bíblica, assunto que será abordado na continuação.
Entre os católicos, o interesse por conhecer a Bíblia praticamente começou após o Concílio Vaticano II, ou seja, a partir dos anos ’60. (…) Uma interpretação ao “pé da letra” não revela o sentido mais adequado de todas as palavras.
Para que não aconteça conosco incidir neste equívoco, devemos aprender a nos colocar na situação histórica de cada escritor em cada livro, conhecer a situação social concreta da sociedade em que ele viveu, procurar entender o que aquilo significou no seu tempo e só então tentar aplicar a sua mensagem ás nossas circunstâncias atuais.
1. O que é a Bíblia?
Definição do Concilio Vaticano II:
“A Bíblia é o conjunto de livros que, tendo sido escritos sob a inspiração do Espirito Santo, têm Deus como autor, e como tais foram entregues à Igreja”.
TESTAMENTO (novo ou antigo): é a tradução da palavra hebraica “berite” que significa a aliança de Deus com o povo por Moisés. Na tradução dos 70 a palavra “berite” foi traduzida por “diatheke”, que em grego quer dizer aliança, contrato, testamento.
OBS: A ‘tradução dos 70’ é uma das versões mais antigas da Bíblia. Segundo a tradição, este trabalho teria sido realizado por 70 sábios da antiguidade.
2. Quais as partes que compõem a Bíblia?
A Bíblia se divide em duas partes principais: o Antigo Testamento e o Novo Testamento. O Antigo refere-se ao período anterior a Jesus Cristo e o Novo se refere ao período cristão. Cada uma destas partes se compõe de diversos ‘livros’, escritos em épocas históricas diferentes. A seguir, a relação dos livros com uma breve referência ao conteúdo deles.
LIVROS DO ANTIGO TESTAMENTO
Pentateuco (cinco primeiros livros: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio)

Josué (narra a entrada do povo de Deus na Palestina)

Juízes (narra a conquista da Palestina)

I e II de Samuel (relatos da época de Saul e Davi, continuação da conquista)

I e II dos Reis (relatos sobre Salomão e seus sucessores)

I e II das Crônicas (continuação dos relatos sobre os outros Reis)

I e II dos Macabeus (continuação do período dos Reis)

Livro de Rute (faz alusão ao universalismo. Noemi era pagã e se inseriu no povo de Deus).

Livro de Tobias, Livro de Judite, Livro de Ester (pertencem ao gênero de contos. São livros do tempo do exílio, quando se apresentavam exemplos de abnegação ao povo oprimido, convidando-os a suportar o sofrimento).

Livro de Isaías (cap.l a 39 são do próprio escritor; cap. 40 a 55 são de discípulos; cap.56 a 66 são de outros escritores posteriores)

Livro de Jeremias (ditado por este a Baruc, seu secretário)

Livro de Ezequiel (um dos profetas maiores)

Livro de Daniel (tem um conteúdo apocalíptico )

Livro de Jó (do gênero conto, procura demonstrar que não só os bons são felizes. Tem por objetivo combater uma ideia comum de que só os ricos eram os abençoados por Deus).

Livros Sapienciais (Eclesiastes ou Qohelet; Eclesiástico ou Siráside; Provérbios, Sabedoria e Cântico dos Cânticos). São reflexões de cunho acentuadamente humanístico, aproveitamento do saber oriental.

Livro dos Salmos (coleção de cantos litúrgicos).

Profetas Menores: Oséias, Joel, Amós, Abdias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuc, Sofonias, Ageu, Zacarias, Malaquias (chamados menores não com relação à sua importância, mas ao tamanho de seus escritos).
LIVROS DO NOVO TESTAMENTO
           Evangelhos sinópticos (Mateus, Marcos e Lucas – têm muitas semelhanças entre si ).

           Evangelho de João (maior desenvolvimento teórico, influência filosófica de época)

          Atos dos Apóstolos (narram a missão dos apóstolos após a Ressurreição de Cristo)

          Epístolas de Paulo (historicamente, os primeiros escritos do NT)

          Epístolas Católicas (Pedro, Tiago, Judas): dirigidas a todos os fiéis, por isso, universais.

          Apocalipse (escrito por João, na base de códigos, símbolos).



Questionário:

1)Quantos livros existem na Bíblia?
2) Quais os livros do Antigo Testamento?
3)Quais os livros do Novo Testamento?
4)Leia essa passagem Mateus 19,16-30, e escreva um ensinamento que você tirou para a sua vida.
5) Descreva aqui uma passagem da Bíblia que muito lhe inspirou até o dia de hoje.