quarta-feira, 10 de maio de 2023

A Dormição de Nossa Senhora





Assim morreu a Virgem Maria, segundo São João Damasceno, Doutor da Igreja.

A Mãe de Deus não morreu de doença, por não ter pecado original, não tinha que receber o castigo da doença. Ela não morreu de idosa, porque não tinha que envelhecer, pois, a ela não lhe chegava o castigo do pecado dos primeiros pais: envelhecer e acabar por fraqueza. Ela morreu de amor. Era tanto o desejo de ir para o céu onde estava o seu filho, que esse amor a fez morrer.

Cerca de quatorze anos após a morte de Jesus, quando já tinha empregado todo o seu tempo em ensinar a religião do Salvador a pequenos e grandes, quando tinha consolado tantas pessoas tristes, e ajudado a tantos doentes e moribundos, avisou os Apóstolos que já aproximava-se a data de partir deste mundo para a eternidade.

Os Apóstolos amavam-na como a mais bondosa de todas as mães, e apressaram-se a viajar para receber dos seus lábios maternais os seus últimos conselhos, e das suas sacrosantas mãos, a sua última bênção.

Foram chegando, e com lágrimas copiosas, e de joelhos, beijaram essas mãos santas, que tantas vezes os tinham abençoado. Para cada um deles, teve a excelsa senhora palavras de conforto e esperança. E aí, como quem dorme no mais plácido dos sonhos, foi ela fechando santamente seus olhos. E sua alma, mil vezes abençoada, partiu para a eternidade.

A notícia correu por toda a cidade, e não houve um cristão que não viesse chorar ao lado do seu corpo, como pela morte da própria mãe. Seu enterro mais parecia uma procissão da Páscoa que um funeral. 

Todos cantavam o aleluia, com a mais firme esperança de que agora eles tinham uma poderosa protetora no céu, para interceder por cada um dos discípulos de Jesus.

No ar, sentiam-se suavíssimos, mas fortes aromas, e parecia ouvir cada um, harmonias de músicas muito macias. Mas Tomás, Apóstolo, não tinha chegado a tempo. Quando chegou, eles já tinham voltado de enterrar a mãe abençoada.

Pedro, - disse Tomás-Não podes negar-me o grande favor de poder ir ao túmulo da minha mãe amabilíssima e dar um último beijo a essas mãos santas que tantas vezes me abençoaram. E Pedro aceitou.

Foram todos para o Santo Sepulcro, e quando já estavam perto, começaram a sentir de novo, suavíssimos aromas no ambiente e músicas harmoniosas no ar.

Eles abriram o sepulcro, e em vez de ver o corpo da Virgem, encontraram somente uma grande quantidade de flores muito lindas. Jesus Cristo tinha vindo. Tinha ressuscitado Sua Mãe Santíssima, e a tinha levado para o céu.

Isto é o que chamamos de Assunção da Virgem Maria.

E quem de nós, se tivesse os poderes do Filho de Deus, não teria feito o mesmo com a própria mãe?"
LIBERE-NOS SENHOR!

No Santo nome de Teu Amado Filho Jesus, pelo Seu Sacratíssimo Sangue e por Interseção da Sempre Bem-aventurada Virgem Maria, Mãe Nossa, te pedimos humildemente: -Socorrei-nos! Socorrei o nosso Brasil e o mundo inteiro. Livrai-nos de todo o mal,  e de toda e qualquer   ameaça que possa atingir ao povo Cristão.
AMÉM!

Esta Oração é para pedir pelo nosso País, 
(Se possível, que  ela percorra  cada canto do nosso  Brasil.).                         



Apenas repassando a mensagem

domingo, 19 de março de 2023

O ambiente de Gedeão

Nessa semana eu revisei a história de Gedeão e percebi que aquele ambiente não é tão distante da nossa realidade de hoje!

O povo estava sendo pilhado por Madianitas e outros povos, ao ponto de ter que escavar cavernas para esconder alimentos para não morrerem de fome!

O pior foi o que essa situação fez com o modelo mental do povo de Israel! Um povo com mentalidade de perdedor e que assumiu uma condição de derrotado e abandonou a condição e a mentalidade de ser o "povo de Deus", um povo temido por todos que viram os milagres em favor desse povo em várias batalhas!

Um povo sem tomar posse da sua condição de povo de Deus sempre vai portar como fraco e indefeso! Assim estavam vivendo o povo de Israel no tempo de Gedeão!

Deus interveio e procurou a Gideão para liderar a libertação do povo daquela situação de humilhação frente aos Madianitas!

Aqui vem outro ponto:
Quando estamos com mentalidade de perdedor, mesmo Deus enviando um anjo à nossa presença, nosso medo fala mais alto!
Deus chamou a Gideão de valente guerreiro; Deus reconhece em nós virtudes que nem nós mesmo conseguimos enxergar em si! Gideão precisou ser convencido por Deus de que ele foi escolhido para algo grande. Deus se submeteu aos desafios infantis de Gideão para que ele acreditasse que Deus estava com ele e muitas vezes, também nós sentimos tentados a desafiar a Deus para que Ele prive que se importa conosco!

Pois, qual é a grande nação
cujos deuses lhe são tão próximos
como o Senhor nosso Deus,
sempre que o invocamos?
E que nação haverá tão grande
que tenha leis e decretos tão justos,
como esta lei que hoje vos ponho diante dos olhos?
Mas toma cuidado!
Procura com grande zelo não te esqueceres
de tudo o que viste com os próprios olhos,
e nada deixes escapar do teu coração
por todos os dias de tua vida;
antes, ensina-o a teus filhos e netos. Dt 4, 5 - 9
Logo após Deus convencer Gideão de assumir a sua identidade de vencedor, Deus sabendo que nós vamos do 8 a 80 muito rápido e para evitar uma euforia pelo desejo de combate Deus diminuiu o número de homens que andava com Gideão!
Deus usou dois filtros:
O primeiro era o do medo!
O medo nos paralisa e nos impede de viver grandes coisas que estão escritos no coração de Deus.
O segundo foi aqueles que encarnaram em si o espírito de vigilância astúcia e de cuidado com a missão de Deus!

O final da história nós já conhecemos mas o que precisamos centro lembrar mac independente do ambiente estamos não podemos perder a nossa identidade!

sábado, 11 de fevereiro de 2023

Assumindo os nosso erros (Gênesis 3, 9-24)

Na passagem de Gênesis que narra Deus  confrontando Adão, Eva e a serpente pelo pecado original observamos um comportamento que até hoje testemunhamos quando nos deparamos com alguém que errou: NÃO ASSUMIR A RESPONSABILIDADE PELO ERRO COMETIDO!

A situação narrada em Gênesis me ensinou que quando erramos e não assumimos a nossa responsabilidade, sofremos as consequências ainda maiores do que o necessário!

Assumir o erro é aprender com a situação e construir bases mais sólidas para evitar que esse erro ocorra novamente! Quando assumo o erro tenho mais condições de aprender com ele e desta forma, transformar uma situação ruim em algo extremamente positivo! Aprender com o erro é conhecimento e isso não é fácil adquirir!

Voltando a Adão e Eva. Na verdade os dois perderam uma grande oportunidade de ensinar a humanidade a confiar na misericórdia de Deus e que se errar, no lugar de ficar buscando culpados, poderíamos assumir o erro, pedir perdão e experimentar o Grande Amor de Deus por nós!

Imagine o texo de outra forma: Adão e Eva reconhecem o erro de deixar o quê DEUS DISSE para escutar o quê a serpente disse e que estavam profundamente arrependidos e apelassem para o Amor dAquele que os criou! Qual seria o final da história?

Assumir o erro está na base para todo bom arrependimento e desta forma uma boa base para a consciência do erro e correção de conduta! Quando me esquivo desse processo, só me resta imitar o trio da passagem:
Adão culpa Eva
Eva culpa a serpente
A serpente... Não tendo a quem culpar ficou calada! Pois ela era a maior culpada!
Mas observe que todos foram punidos pelo erro:
1. A serpente 
Serás maldita entre todos os animais domésticos..
Rastejarás sobre o ventre e comerás pó todos o dias de sua vida.
... Terás a cabeça ferida...
2. Eva
...multiplicarem os sofrimentos da gravidez...
... será dominada pelo seu marido.
3. Adão
...seja o solo amaldiçoado por causa de ti, com sofrimento tirarás dele o teu sustento...
... comerás o pão com o sofrimento do teu suor...
Abandonar o que Deus disse é abandonar a Ele e à Sua Providência.

Ainda tem gente que até hoje acha que o pecado original está relacionado a sexualidade, embora essa também tenha sido um alvo das concupiscências instigadas pela serpente, o pecado original é não escutar o quê Deus diz para escutar outras vozes de criaturas que não tem qualquer relevância quando comparadas a Deus!

Não vamos deixar de errar, mas podemos aprender com os erros e não mais errar e pela Graça de Deus chegarmos a nossa Salvação!

domingo, 29 de janeiro de 2023

A Pessoa de Jesus Cristo

A pessoa de Jesus
1. A Encarnação do Verbo
“Ao chegar a plenitude dos tempos, enviou Deus a seu Filho, nascido de mulher" (Gal 4,4). Assim se cumpre a promessa de um Salvador que Deus fez a Adão e Eva ao serem expulsos do Paraíso: “Porei inimizades entre ti e a mulher, e entre a tua descendência e a dela; ela te pisará a cabeça e tu armarás traições ao seu calcanhar" (Gn 3,15).
Este versículo do Gênesis é conhecido com o nome de proto-evangelho, pois constitui o primeiro anúncio da boa- nova da salvação. Tradicionalmente, tem-se interpretado que a mulher a que se refere é, tanto Eva, em sentido imediato, como Maria, em sentido pleno; e que a descendência da mulher refere-se tanto à humanidade como a Cristo.
Desde então, até o momento em que “o Verbo se fez carne e habitou entre nós" (Jo 1, 14), Deus foi preparando a humanidade para que pudesse acolher frutuosamente a seu Filho Unigênito.
Porque Jesus se fez homem?
A Encarnação tem sua origem no amor de Deus pelos homens: “Nisto se manifestou o amor de Deus para conosco, em que Deus enviou ao mundo o seu Filho único, para que vivamos por meio Dele" (1Jo 4, 9). A Encarnação é a demonstração por excelência do Amor de Deus para com os homens, já que nela é o próprio Deus que se entrega aos homens, fazendo-se participante da natureza humana, na unidade da pessoa.
Após a queda de Adão e Eva no paraíso, a Encarnação tem uma finalidade salvadora e redentora, como professamos no Credo: “por nós homens e para nossa salvação, desceu dos céus e se encarnou pelo Espírito Santo, no seio da Virgem Maria, e se fez homem"[2]. Cristo afirmou de Si mesmo que o Filho do homem veio para buscar e salvar o que estava perdido" (Lc 19, 19; cf Mt 18,11) e que “Deus não enviou seu Filho para condenar o mundo, mas que o mundo fosse salvo por Ele" (Jo 3,17).
A Encarnação não só manifesta o infinito amor de Deus aos homens, sua infinita misericórdia, sua justiça, seu poder, mas também a coerência do plano divino da salvação. A profunda sabedoria divina consiste na forma segundo a qual Deus decidiu salvar o homem, isto é, do modo como convém à natureza, que é precisamente mediante a Encarnação do Verbo.
Existência de Jesus Cristo 
Jesus Cristo, o Verbo encarnado, “não é nem um mito, nem uma idéia abstrata qualquer. É um homem que viveu em um contexto concreto e que morreu depois de ter levado sua própria existência dentro da evolução da história. A investigação histórica sobre Ele é, pois, uma exigência da fé cristã" [3].
Que Cristo existiu pertence à doutrina da fé, como também que morreu realmente por nós e que ressuscitou ao terceiro dia (cf. 1 Co 15, 3-11).
 A existência de Jesus é um fato provado pela ciência histórica, sobre tudo mediante a análise do Novo Testamento, cujo valor histórico está fora de dúvida. Há outros testemunhos antigos não cristãos, pagãos e judeus, sobre a existência de Jesus. Precisamente por isto, não são aceitáveis as posições de quem contrapõe um Jesus histórico ao Jesus da fé e defendem a hipótese de que quase tudo o que o Novo Testamento diz acerca de Cristo seria uma interpretação de fé que fizeram os discípulos de Jesus, mas não sua autêntica figura histórica, que ainda permaneceria oculta para nós.
Estas posturas, que em muitas ocasiões encerram um forte preconceito contra o sobrenatural, não levam em conta que a investigação histórica contemporânea concorda em afirmar que a apresentação que faz o cristianismo primitivo de Jesus baseia-se em fatos autênticos sucedidos realmente.
DIVINDADE DE JESUS CRISTO 
2. Jesus Cristo, Deus e homem verdadeiro
A Encarnação é “o mistério da união admirável da natureza divina e da natureza humana, na única Pessoa do Verbo" (Catecismo, 483). A Encarnação do Filho de Deus “não significa que Jesus Cristo seja em parte Deus e em parte homem, nem que seja o resultado de uma mistura confusa do divino com o humano. Ele fez-Se verdadeiro homem, permanecendo verdadeiro Deus. Jesus Cristo é verdadeiro Deus e verdadeiro homem." (Catecismo, 464). A divindade de Jesus Cristo, Verbo eterno de Deus, foi comentada no texto referente à Santíssima Trindade. Aqui, vamos focar a atenção no que diz respeito à sua humanidade.
A Igreja definiu e esclareceu esta verdade de fé durante os primeiros séculos frente às heresias que a falseavam.
*Heresias: doutrina ou sistema teológica rejeitado pela Igreja; dado como falso.
Já no século I, alguns cristãos de origem judaica, os ebionitas, consideraram Cristo um simples homem, ainda que muito santo.
 No século II, surge o adocionismo, que sustentava ser Jesus Cristo filho adotivo de Deus; Jesus seria apenas um homem em quem habita a força de Deus; para eles, Deus era uma só pessoa. Esta heresia foi condenada no ano 190 pelo papa São Victor, pelo Concílio de Antioquia, de 268, pelo Concílio I de Constantinopla e pelo sínodo romano de 382 [4].
*Ário era um padre, a heresia ariana, ao negar a divindade do Verbo, negava também que Jesus Cristo fosse Deus. Ario foi condenado pelo Concílio I de Nicéia, no ano de 325.
Também atualmente, a Igreja voltou a recordar que Jesus Cristo é o Filho de Deus subsistente desde a eternidade, que na Encarnação assumiu a natureza humana em sua única pessoa divina [5].
A Igreja também enfrentou outros erros que negavam a realidade da natureza humana de Cristo. Entre esses, encontram-se as heresias que negavam a realidade do corpo ou da alma de Cristo. Entre as primeiras, encontra-se o docetismo, em suas diversas variantes, que possui um fundo gnóstico e maniqueu. Alguns de seus seguidores afirmavam que Cristo teve um corpo celeste, ou que seu corpo era puramente aparente, ou que apareceu de repente na Judéia, sem ter tido que nascer ou crescer. Já São João teve que combater este tipo de erros: “muitos são os sedutores que apareceram no mundo, que não confessam que Jesus veio em carne" (2 Jo 7; cf. 1 Jo 4, 1-2).
Arrio e Apolinar de Laodiceia negaram que Cristo tivesse verdadeira alma humana. O segundo teve particular importância neste campo e sua influência esteve presente durante vários séculos nas controvérsias cristológicas posteriores. Na tentativa de defender a unidade de Cristo e sua impecabilidade, Apolinar sustentou que o Verbo desempenha as funções da alma humana espiritual. Esta doutrina, porém, supunha a negação da verdadeira humanidade de Cristo, composta, como em todos os homens, de corpo e alma espiritual (cf. Catecismo, 471). Foi condenado no Concílio I de Constantinopla e no Sínodo Romano de 382 [6].
3. A união hipostática( Jesus com homem e Deus)
Nos inícios do século quinto, após as controvérsias precedentes, estava clara a necessidade de sustentar firmemente a integridade das duas naturezas, divina e humana, na Pessoa do Verbo; de modo que a unidade pessoal de Cristo começa a constituir-se no centro de atenções da Cristologia (estuda a natureza de Cristo) e da soteriologia (doutrina da salvação da humanidade por Jesus Cristo) patrística
*(Patrística é o nome dado à filosofia cristã dos primeiros sete séculos, elaborada pelos Padres ou Pais da Igreja, os primeiros teóricos —- daí "Patrística" — e consiste na elaboração doutrinal das verdades de fé do cristianismo e na sua defesa contra os ataques dos pagãos e contra as heresias.).
Para este novo aprofundamento contribuíram novas discussões.
A primeira grande controvérsia teve sua origem em algumas afirmações de Nestório, patriarca de Constantinopla, que utilizava uma linguagem na qual dava a entender que em Cristo há dois sujeitos: o sujeito divino e o sujeito humano, unidos entre si por um vínculo moral, mas não fisicamente. Este erro cristológico tem sua origem seu rechaço do título de Mãe de Deus,Theotókos, aplicado a Santa Maria. Maria seria Mãe de Cristo, mas não Mãe de Deus.
Frente a esta heresia, São Cirilo de Alexandria e o Concilio de Éfeso de 431 recordaram que “a humanidade de Cristo não tem outro sujeito senão a pessoa divina do Filho de Deus, que a assumiu e a fez sua desde que foi concebida... Por isso, o Concílio de Éfeso proclamou, no ano 431, que Maria se tornou, com toda a verdade. Mãe de Deus, por ter concebido humanamente o Filho de Deus em seu seio" (Catecismo, 466;cf. DS 250 e 251).
Uns anos mais tarde, surgiu a heresia monofisita. Esta heresia tem seus antecedentes no apolinarismo e em uma má compreensão da doutrina e da linguagem empregada por São Cirilo, por parte de Eutiques, ancião arquimandrita de um mosteiro de Constantinopla. Eutiques afirmava, entre outras coisas, que Cristo é uma Pessoa que subsiste em uma só natureza, pois a natureza humana teria sido absorvida pela divina. Este erro foi condenado pelo Papa São Leão Magno, no seu Tomus ad Flavium [7], autêntica jóia da teologia latina, e pelo Concílio ecumênico de Calcedônia, do ano 451, ponto de referência obrigatório para a Cristologia. Assim ensina: “há que confessar a um só e mesmo Filho e Senhor nosso Jesus Cristo: perfeito na divindade e perfeito na humanidade" [8], e acrescenta que a união das duas naturezas é “sem confusão, sem mudança, sem divisão, sem separação" [9].
Monofisismo (do grego: monos - "único, singular" e physis - "natureza") é o ponto de vista cristológico que defende que, depois da união do divino e do humano na encarnação histórica, Jesus Cristo, como encarnação do Filho ou Verbo (Logos) de Deus, teria apenas uma única "natureza", a divina, e não uma síntese de ambas. O monofisismo é contraposto pelo diofisismo (ou "diafisismo"), que defende que Jesus preservou em si as duas naturezas
Eutiques foi um monge de Constantinopla, que fundamentou a heresia do monofisismo. Eutiques negava que Cristo, após a encarnação, tinha duas naturezas perfeitas
O Concílio de Calcedónia (português europeu) ou Calcedônia (português brasileiro) foi um concílio ecumênico que se realizou de 8 de outubro à 1 de  novembro de 451 em Calcedonia, uma cidade da Bitínia, na Ásia Menor, frente a Constantinopla. Foi o quarto dos primeiros sete concílios ecumênicos da história do cristianismo, onde foi repudiada a doutrina de Eutiques relativa ao monofisismo e declarada a dualidade humana e divina de Jesus, a segunda pessoa da Santíssima Trindade
O nestorianismo é uma doutrina cristológica proposta por Nestório, Patriarca de Constantinopla (428–431). 
A doutrina, que foi formada durante os estudos de Nestório sob Teodoro de Mopsuéstia na Escola de Antioquia, enfatiza a desunião entre as naturezas humana e divina de Jesus.
A doutrina calcedonense foi confirmada e esclarecida pelo II Concílio de Constantinopla do ano 553, que oferece uma interpretação autêntica do Concílio anterior. Após enfatizar várias vezes a unidade de Cristo [10], afirma que a união das duas naturezas de Cristo tem lugar segundo a hipóstasis.
(Nos concílios ecumênicos, a terminologia do termo foi clarificada e padronizada para que a fórmula "Três hipóstases em uma ousia (essência)" fosse aceita como a epítome da doutrina ortodoxa sobre a Trindade: de que o Pai, o Filho e o Espírito Santo são três diferentes hipóstases em uma única divindade. A palavra também é utilizada para se referir à divindade de Cristo, na chamada união hipostática de suas naturezas - divina e humana - em uma única hipóstase).
Superando assim a equivocidade da formula ciriliana que falava da unidade segundo a “fisis"(natureza). Nesta linha, o Concílio de Constantinopla indicou também o sentido em que havia de entender-se a conhecida fórmula ciriliana de “uma natureza do Verbo de Deus encarnada" [12], frase que São Cirilo pensava ser de Santo Atanásio, mas que na realidade tratava-se de uma falsificação apolinarista.
Nestas definições conciliares, que tinham como finalidade esclarecer alguns erros concretos e não expor o mistério de Cristo em sua totalidade, os Padres conciliares utilizaram a linguagem de seu tempo. Da mesma forma que Nicéia empregou o termo consubstancial, Calcedônia utilizou termos como natureza, pessoa, hipóstasis etc., segundo o significado habitual que tinham na linguagem comum, e na teologia de sua época. Isto não significa, como afirmaram alguns, que a mensagem evangélica se helenizara (tornar-se semelhante aos gregos).
Ao contrário, quem se mostrou rigidamente helenizantes foram precisamente os que propunham as doutrinas heréticas, como Arrio ou Nestório, que não souberam ver as limitações da linguagem filosófica de seu tempo, frente ao mistério de Deus e de Cristo.
4. A Humanidade Santíssima de Jesus Cristo
Como Cristo se relaciona com a Trindade Santa:
“Na união misteriosa da Encarnação, «a natureza humana foi assumida, não absorvida» (GS 22,2)" (Catecismo, 470). Por isso, a Igreja tem ensinado a “plena realidade da alma humana, com as suas operações de inteligência e vontade, e do corpo humano de Cristo. Mas, paralelamente, a mesma Igreja teve de lembrar repetidamente que a natureza humana de Cristo pertence, como própria, à pessoa divina do Filho de Deus que a assumiu. Tudo o que Ele fez e faz nela, depende de «um da Trindade». Portanto, o Filho de Deus comunica à sua humanidade o seu próprio modo de existir pessoal na Santíssima Trindade. E assim, tanto na sua alma como no seu corpo, Cristo exprime humanamente os costumes divinos da Trindade (cf. Jo 14, 9-12)" (Catecismo, 470).
OBS: O catecismo é, depois da Bíblia, o livro mais importante da Igreja Católica. Nele você encontra o conhecimento seguro da fé da Igreja Católica acumulado nestes 2.000 anos- e numa formulação precisa e reconhecida pela Igreja.
Inteligência e sabedoria de Cristo:
A alma humana de Cristo está dotada de um verdadeiro conhecimento humano. A doutrina católica tem ensinado tradicionalmente que Cristo, enquanto homem, possuía um conhecimento adquirido, uma ciência infusa e a ciência beata própria dos bem-aventurados no céu.
A ciência adquirida de Cristo não podia ser, por si, ilimitada: “por isso que o Filho de Deus, fazendo-Se homem, pôde aceitar «crescer em sabedoria, estatura e graça» (Lc 2, 52) e também teve de Se informar sobre o que, na condição humana, deve aprender-se de modo experimental (cf. Mc 6, 38; 8, 26; Jo 11, 34)" (Catecismo, 472).
Cristo, em quem repousa a plenitude do Espírito Santo com seus dons (cf. Is 11, 1-3), possuiu também a ciência infusa, isto é, aquele conhecimento que não se adquire diretamente pelo trabalho da razão, mas é infundido diretamente por Deus na inteligência humana. Com efeito, “O Filho também mostrava, no seu conhecimento humano, a clarividência divina que tinha dos pensamentos secretos do coração dos homens (cf. Mc 2, 8; Jo 2, 25; 6, 61" (Catecismo, 473).
Cristo possuía também a ciência própria dos beatos: “Pela sua união com a Sabedoria divina na pessoa do Verbo Encarnado, o conhecimento humano de Cristo gozava, em plenitude, da ciência dos desígnios eternos que tinha vindo revelar (cf. Mc 8, 31; 9, 31; 10, 33-34; 14, 18-20.26-30» (Catecismo, 474).
Por tudo isto, deve-se afirmar que Cristo, enquanto homem, é infalível: admitir nele o erro seria admiti-lo no Verbo, única pessoa existente em Cristo. No que diz respeito a uma eventual ignorância propriamente dita, deve-se ter presente que “O que neste domínio Ele reconhece ignorar (cf. Mc 13, 32) declara, noutro ponto, não ter a missão de revelá-lo (cf. Atos 1, 7)» (Catecismo, 474). Entende-se que Cristo fosse humanamente consciente de ser o Verbo e de sua missão salvífica [13].
Por outro lado, a teologia católica, ao pensar que Cristo possuía, já na terra, a visão imediata de Deus, sempre negou a existência em Cristo da virtude da fé [14].
Frente às heresias monoenergeta e monotelita que, em lógica continuidade com o monofisismo precedente, afirmavam que em Cristo há uma só operação ou uma só vontade, a Igreja confessou, no III Concílio ecumênico de Constantinopla, do ano 681, que Cristo possui duas vontades e duas operações naturais, divinas e humanas, não opostas, mas cooperantes, de forma que o Verbo feito carne, em sua obediência ao Pai, quis humanamente tudo aquilo que decidiu divinamente com o Pai e o Espírito Santo, para nossa salvação (cf. DS 556-559). A vontade humana de Cristo “segue a sua vontade divina, sem fazer resistência nem oposição em relação a ela, antes estando subordinada a essa vontade onipotente" (DS 556)" (Catecismo 475). Trata-se de uma questão fundamental, pois está diretamente relacionada com o ser de Cristo e com nossa salvação. São Máximo, o Confessor, distinguiu-se por este esforço doutrinal de esclarecimento e se serviu com grande eficácia da conhecida passagem da oração de Jesus no Horto, em que aparece o acordo da vontade humana de Cristo com a vontade do Pai (cf. Mt 26, 39).
Consequência da dualidade de naturezas é também a dualidade de operações. Em Cristo, há duas operações, as divinas, procedentes de sua natureza divina, e as humanas, que procedem da natureza humana. Fala-se também de operações teândricas para referir-se àquelas nas quais a operação humana opera como instrumento da divina: é o caso dos milagres realizados por Cristo.
O realismo da Encarnação do Verbo manifestou-se também na última grande controvérsia cristológica da época patrística: a disputa sobre as imagens. O costume de representar a Cristo, em afrescos, ícones, baixos relevos etc., é antiquíssima e existem testemunhos que remontam ao menos até o século segundo. A crise iconoclasta ocorreu em Constantinopla nos inícios do século VIII e teve sua origem em uma decisão do Imperador. Anteriormente, já tinham aparecido teólogos que haviam se mostrado ao longo dos séculos partidários ou contrários ao uso das imagens, mas ambas as tendências tinham coexistido pacificamente. Aqueles que se opunham costumavam acrescentar que Deus não tem limites e não pode, portanto, encerrar-se dentro de umas linhas, de uns traços, não pode ser circunscrito. Porém, como assinalou São João Damasceno, foi a própria Encarnação que circunscreveu o Verbo, incircunscrível. “Uma vez que o Verbo Se fez carne, assumindo uma verdadeira natureza humana, o corpo de Cristo era circunscrito (...).Portanto, o rosto humano de Jesus pode ser «pintado» (Ga 3, 2)" (Catecismo,476). No II Concílio ecumênico de Nicéia, do ano 787, “a Igreja reconheceu como legítimo que ele fosse representado em santas imagens" (Catecismo, 476). Com efeito, “as particularidades individuais do corpo de Cristo expressam a pessoa divina do Filho de Deus. Ele fez seus os traços de seu próprio corpo humano até o ponto que, pintados em uma imagem sagrada, podem ser venerados porque o crente que venera sua imagem, venera a pessoa representada nela" [15].
Alma de Cristo:
A alma de Cristo, ao não ser divina por essência, mas humana, foi aperfeiçoada, como as almas dos demais homens, mediante a graça habitual, que é “um dom habitual, uma disposição estável e sobrenatural, que aperfeiçoa a alma, mesmo para torná-la capaz de viver com Deus e de agir por seu amor" (Catecismo, 2000).
Cristo é santo, como anunciou o arcanjo Gabriel a Santa Maria na Anunciação: Lc 1, 35. A humanidade de Cristo é radicalmente santa, fonte e paradigma da santidade de todos os homens. Pela Encarnação, a natureza humana de Cristo foi elevada à maior união com a divindade – com a Pessoa do Verbo – a que pode ser elevada alguma criatura. Do ponto de vista da humanidade do Senhor, a união hipostática é o maior dom que jamais se tenha podido receber, e costuma ser conhecida com o nome de graça de união. Pela graça habitual, a alma de Cristo foi divinizada com essa transformação que eleva a natureza e as operações da alma ao plano da vida íntima de Deus, proporcionando às suas operações sobrenaturais uma co-naturalidade que, de outro modo, não teria. Sua plenitude de graça implica também na existência das virtudes infusas e dos dons do Espírito Santo. Desta plenitude de graça de Cristo, “recebemos todos, graça sobre graça" (Jo 1, 16). A graça e os dons foram outorgados a Cristo não só em atenção à sua dignidade de Filho, mas também em atenção à sua missão de novo Adão e Cabeça da Igreja. Por isso se fala de uma graça capital em Cristo que não é uma graça distinta da graça pessoal do Senhor, mas é um aspecto dessa mesma graça que acentua sua ação santificadora sobre os membros da Igreja. A Igreja, com efeito, “é o Corpo de Cristo" (Catecismo, 805), um corpo “do qual Cristo é a Cabeça: vive d'Ele, n'Ele e por Ele; Ele vive com ela e nela" (Catecismo, 807).
O Coração do Verbo encarnado. “Jesus conheceu-nos e amou-nos, a todos e a cada um, durante a sua vida, a sua agonia e a sua paixão, entregando-Se por cada um de nós: «O Filho de Deus amou-me e entregou-Se por mim» (Gl 2, 20). Amou-nos a todos com um coração humano" (Catecismo, 478). Por este motivo, o Sagrado Coração de Jesus é o símbolo por excelência do amor com que ama continuamente ao eterno Pai e a todos os homens (cf. ibidem).

José Antonio Riestra

domingo, 8 de maio de 2022

Educação dos filhos

Recebi e repasso!
Muito bons os conselhos abaixo!
Quatro conselhos dos santos para a educação dos seus filhos
Vão aqui quatro preciosos conselhos dos santos para a educação dos seus filhos. Nem todas são exortações muito agradáveis aos ouvidos, mas, com certeza todas serão de grande valor para a sua família.

“Como poderão os filhos ser bons, se os pais não prestam? Só por milagre". Com essa frase, Santo Afonso de Ligório resume a grave responsabilidade dos pais na formação da consciência de seus filhos. Como ensinou Nosso Senhor, pelos seus frutos os conhecereis. São muitíssimos os nomes de santos que tiveram pais ou mães igualmente virtuosos: Santo Agostinho e Santa Mônica, São Gregório Magno e Santa Sílvia, Santa Catarina da Suécia e Santa Brígida… e a lista se estende. São verdadeiramente almas gigantes, que só puderam se elevar porque receberam uma educação exemplar de seus pais.

Vão aqui quatro conselhos dos santos para você educar os seus filhos. Nem todas são exortações muito agradáveis aos ouvidos, mas, com certeza todas serão de grande valor para a sua família.

1. Ser obediente a Deus

“ Se queremos saber mandar, temos primeiro de saber obedecer, procurando impor-nos mais com o amor do que com o temor." (São João Bosco[1])

Antes de impor a autoridade sobre os filhos, é preciso lembrar que há uma autoridade à qual todos os homens devem obedecer. Tanto maior será o respeito dos filhos por seus pais, quanto maior for o respeito destes ao Pai dos céus. O filho que vê o pai trabalhando, tratando com respeito a sua mulher, cuidando das necessidades da casa e rezando - em suma, cumprindo o seu dever de cristão e pai de família -, não só será dócil às suas instruções, como seguirá o seu exemplo, ao crescer. Portanto, em primeiro lugar, o Reino de Deus, isto é, o cumprimento da Palavra. As outras coisas virão por acréscimo.

2. Corrigir por amor, não por ira

“ Tome-se como regra nunca pôr as mãos num filho enquanto dura a ira ou cólera; espere-se até que se tenha aquietado por completo." (Santo Afonso de Ligório[2]) 
“Quando, porém, se tornarem necessárias medidas repressivas, e consequentemente a mudança de sistema, uma vez que certas índoles só com o rigor se podem dominar, cumpre fazê-lo de tal maneira que não apareça o mínimo sinal de paixão." (São João Bosco[3])

Os conselhos de Santo Afonso e São João Bosco são o mesmo conselho do Autor Sagrado: “Vós, pais, não provoqueis revolta nos vossos filhos" (Ef 6, 4). Se é verdade que, como adverte o Livro dos Provérbios, “quem poupa a vara, odeia seu filho" (13, 24), também é verdade que toda correção deve ser feita de modo racional e equilibrado, inspirada pelo amor, não pela ira. Caso contrário, também a criança aprende a irar-se, sem que mude de comportamento. Aqui, é importante evitar não só as agressões físicas, mas também os gritos e as palavras exasperadas, que mais servem para intimidar as pessoas que para melhorar o seu caráter.

3. Dar bom exemplo

“ Os pais estão igualmente obrigados a dar bom exemplo a seus filhos. Estes, principalmente quando pequenos, imitam tudo o que veem, com a agravante de seguirem mais facilmente ao mal, ao qual nos sentimos inclinados por natureza, que o bem, que contraria nossas inclinações perversas. Como poderão os filhos comportar-se irrepreensivelmente, se ouvirem seus pais blasfemar a miúdo, falar mal do próximo, injuriá-lo e desejar-lhe mal, prometer vingar-se, conversar sobre coisas indecentes e defender máximas ímpias, como estas: Deus não é tão severo como dizem os Padres; ele é indulgente com certos pecados, etc.? O que se tornará a filha que ouve sua mãe dizer: É preciso deixar-se ver no mundo e não se enclausurar como uma freira em casa? Que bem se pode esperar dos filhos que veem o pai o dia inteiro sentado na taberna e, depois, chegar bêbado a casa, ou então visitar casas suspeitas, confessando-se uma só vez no ano ou só muito raramente? S. Tomás diz que tais pais, de certo modo, obrigam seus filhos a pecar." (Santo Afonso de Ligório[4])

As palavras de Santo Afonso são suficientemente claras. Aqueles que dão mau exemplo de vida, “de certo modo, os obrigam seus filhos a pecar". Se essa sentença é verdade para o mal, também o é para o bem. Pais que vivem uma vida de oração e virtudes excitarão o coração de seus filhos para o serviço de Deus e das almas. O casal de beatos Luís Martin e Zélia Guérin educou tão bem suas cinco filhas, que todas elas se tornaram religiosas, entre elas Santa Teresinha do Menino Jesus, que é doutora da Igreja.

O pai que, lendo essas linhas, lamentou não ter dado uma boa educação a seus filhos - pois não tinha conhecido Nosso Senhor quando começou a sua família - deve, antes, louvar a Deus pelo conhecimento que agora tem e ainda pode dar a seus filhos, por meio de conselhos. É preciso, agora, buscar a conversão da própria família, sobretudo com uma vida de muita oração e penitência, evitando inquietações e escrúpulos desnecessários, afinal, Deus não nos pede conta daquilo que ignoramos. Uma vez conscientes da Sua vontade, todavia, é importante trabalhar com temor e tremor na própria salvação e na dos outros, sabendo que a quem muito foi dado, muito será cobrado.

4. Agir com prudência e vigilância

“Os pais são os culpados, pois quando se trata de seus cavalos, eles mandam aos cavalariços que cuidem bem deles, e não deixam que cresçam sem serem domados, e desde cedo põem neles freio e outros arreios. Mas quando se trata de seus filhos jovens, deixam-nos soltos por todas as partes durante muito tempo, e assim perdem a castidade, se mancham com desonestidades e jogos, e desperdiçam o tempo com espetáculos imorais. (...)Cuidamos mais de nossos asnos e de nossos cavalos, do que de nossos filhos. O que possui uma mula, se preocupa em encontrar um bom cuidador, que não seja nem rude, nem desonesto, nem ébrio, mas um homem que conheça bem o seu ofício. Todavia, quando se trata de procurar um professor para a alma da criança, contratamos o primeiro que aparece. E, no entanto, não há arte superior a esta. O que é comparável à arte de formar uma alma, de plasmar a inteligência e o espírito de um jovem? Quem professa esta ciência deve proceder com mais cuidado que um pintor ou um escultor ao realizar sua obra." (São João Crisóstomo[5])

São João Crisóstomo viveu no século IV, mas esse conselho é válido sobretudo para os nossos tempos, em que as crianças são entregues a um sistema educacional corrompido, muitas vezes com a displicência dos pais, que querem passar toda a sua responsabilidade de educá-las para o Estado.

“Quando se trata de procurar um professor para a alma da criança, contratamos o primeiro que aparece". Essa sentença convida todos os pais a um exame de consciência: como me relaciono com a escola dos meus filhos? Sei ou procuro saber o que os professores estão passando para eles, quais livros estão sendo usados para a sua instrução e como é o ambiente em que convivem? Em casa, deixo os meus filhos jovens “soltos por todas as partes", deixando que façam o que querem, sem freios e sem disciplina? Converso com eles com frequência, agindo verdadeiramente como pai? O exame deve incluir, evidentemente, o propósito de agir com mais pulso e cuidado na orientação da prole.

É preciso empregar muita diligência nesses exames, pois, como diz Santa Teresinha do Menino Jesus, as crianças “são como uma cera mole sobre a qual se pode depositar tanto as impressões das virtudes como do mal", e os primeiros responsáveis por moldar essas pequenas almas são justamente os pais. A santa religiosa de Lisieux exclamava: “Ah! quantas almas chegariam à santidade se fossem bem dirigidas!..."[6]

Lembremo-nos sempre que Deus pedirá conta daquilo que fizemos com as almas de nossos filhos e peçamos a Sua graça para imitarmos a Sagrada Família de Nazaré, na qual Nosso Senhor cresceu, rodeado de carinho, atenção e amor.

domingo, 24 de abril de 2022

O Pai, O Filho e A Forca



O Pai Não Desiste
Havia um homem muito rico que possuía muitos bens, uma grande fazenda, muito gado, vários empregados, e um único filho, seu herdeiro.
O que ele mais gostava era fazer festas, estar com seus amigos e ser bajulado por eles. Seu pai sempre o advertia que seus amigos só estariam ao seu lado enquanto ele tivesse o que lhes oferecer; depois, o abandonariam.
Um dia, o velho pai, já avançado em idade, disse aos seus empregados para construírem um pequeno celeiro. Dentro dele, o próprio pai fez uma forca e, junto a ela, uma placa com os dizeres:
PARA VOCÊ NUNCA MAIS DESPREZAR AS PALAVRAS DE TEU PAI.
Mais tarde, chamou o filho e o levou até o celeiro e lhe disse: Meu filho, eu já estou velho e, quando eu partir, você tomará conta de tudo o que é meu... E eu sei qual será o teu futuro. Você vai deixar a fazenda nas mãos dos empregados e irá gastar todo o dinheiro com os teus amigos. Venderá todos os bens para se sustentar e, quando não tiver mais nada, teus amigos se afastarão de você. Só então você se arrependerá amargamente de não me ter dado ouvidos. Foi por isso que construí esta forca.
Ela é para você ! Quero que você me prometa que, se acontecer o que eu disse, você se enforcará nela. O jovem riu, achou um absurdo, mas, para não contrariar o pai, prometeu, pensando que isso jamais pudesse acontecer.
O tempo passou, o pai morreu, e seu filho tomou conta de tudo, mas, assim como seu pai havia previsto, o jovem gastou tudo, vendeu os bens, perdeu os amigos e até a própria dignidade .
Desesperado e aflito, começou a refletir sobre sua vida e viu que havia sido um tolo. Lembrou-se das palavras do seu pai e começou a dizer: Ah, meu pai... Se eu tivesse ouvido os teus conselhos... Mas agora é tarde demais. Pesaroso, o jovem levantou os olhos e avistou o pequeno celeiro. A passos lentos, dirigiu-se até lá e entrando, viu a forca e a placa empoeiradas, e então pensou:
Eu nunca segui as palavras do meu pai, não pude alegrá-lo quando estava vivo, mas, pelo menos desta vez, farei a vontade dele. Vou cumprir minha promessa. Não me resta mais nada... Então, ele subiu nos degraus e colocou a corda no pescoço, e pensou: Ah, se eu tivesse uma nova chance...
Então, se jogou do alto dos degraus e, por um instante, sentiu a corda apertar sua garganta... Era o fim.
Mas o braço da forca era oco e quebrou-se facilmente e o rapaz caiu no chão. Sobre ele caíram jóias, esmeraldas, pérolas, rubis, safiras e brilhantes, muitos brilhantes... A forca estava cheia de pedras preciosas e um bilhete também caiu no chão. Nele estava escrito:
Esta é a tua nova chance. Eu te amo muito! Com amor, teu velho e já saudoso pai.

Deus é exatamente assim conosco. Quando nos arrependemos, podemos ir até Ele. Ele sempre nos dá uma nova chance.

Deus ama você!

terça-feira, 16 de fevereiro de 2021

“O que me impede de enxergar Jesus?”




  • Cegueira espiritual olhos humanos não veem Jesus , somente olhos
    espiritual
    Deus me lembrava que os olhos que são as janelas da alma
    precisam ser tomadas nessa noite de hoje!
    Observamos que a juventude tem olhado para muitas coisas e isso
    tem feito muitos serem atraídos para armadilhas espirituais com
    consequências muito sérias para o futuro desse filhos amados!
    Um exemplo disso foi o menino da passagem do Filho Pródigo, ele
    tinha tudo, mas vivia olhando para o mundo! Até que resolveu
    experimentar para onde estava olhando! E como se nós
    estivéssemos em uma viagem ao lado de uma linda mulher, num
    trem luxuoso, com todas as mordomias, mas ficamos olhando par a
    janela e não aproveitando a providência de uma bela viagem na
    primeira classe.
    Fale para seu vizinho: deixe de olhar para a janela!
    Um ditado famoso diz que: O pior cego é aquele que não quer
    vê!
    Eu vos digo hoje: Que o pior cego é aquele que vê e não quer
    enxergar!
    Por uma questão pedagógica vamos dividir em duas tribos:
    TRIBO 1 – OS QUE NÃO ANDAM COM JESUS E POR ISSO NÃO
    ENXERGAM JESUS
    Eu não sei se ele era jovem, vamos imaginar esse personagem
    dentro do contexto da juventude.Vamos ver o exemplo do cego
    Bartimeu.
    Ler a passagem toda e depois ir aos comentários
  • Essa foi a última vez que Jesus passou em Jericó, depois dessa
    história
    Marcos 10
    "46.Chegaram a Jericó. Ao sair dali Jesus, seus discípulos e
    numerosa multidão, estava sentado à beira do caminho,
    mendigando, Bartimeu, que era cego, filho de Timeu.
    A cegueira tira de nós a nossa própria identidade, pois não nos enxergamos
    mais como somos! E passamos a acreditar naquilo que os outros dizem que
    somos, a nossa identidade passa a ser determinada pela opinião dos outros.
    SE FAZ NECESSÁRIO TER UMA EXPERIÊNCIA PESSOAL E IRRESTRITA
    COM JESUS.
    47.Sabendo que era Jesus de Nazaré, começou a gritar: “Jesus,
    filho de Davi, tem compaixão de mim!”.
    Para que encontre com Jesus, eu tenho que andar por caminhos que Jesus
    anda! Eu não sei por qual caminho você tem andado, mas para que você
    recupere sua visão, se faz necessário encontrar com Jesus. Para isso, se faz
    necessário, mudar esses caminhos por onde você tem andado.
    Jesus importante, homem poderoso em ações, uma multidão atrás dele e
    Bartimeu se achando pequeno e irrelevante
    Qual a chance de ser ouvido?
    Qual a chance de a comitiva parar para “perder tempo” com alguém tão
    insignificante, um mendigo.
    48.Muitos o repreendiam, para que se calasse, mas ele gritava
    ainda mais alto: “Filho de Davi, tem compaixão de mim!”.
    As opiniões de outrem, sempre estarão gritando para você não ter acesso a
    Jesus, muitas vezes se fará necessário GRITAR MAIS ALTO, que essas
    vozes, para falar com Jesus.
    49.Jesus parou e disse: “Chamai-o”. Chamaram o cego, dizendo-
    lhe: “Coragem! Levanta-te, ele te chama”.
    Anote essa: JESUS SEMPRE VAI PARAR PARA ESCUTAR AQUELES QUE
    TEM UM CORAÇÃO DEPENDENTE DELE! Não importa em que situação você
    se encontre, se você o buscar com todas as suas forças, ELE VAI PARAR!
    50.Lançando fora a capa, o cego ergueu-se de um salto e foi ter
    com ele.
    Quando a experiência pessoal com Jesus bater na sua vida, largue tudo, todos
    os seus conceitos e aquilo que te da segurança e SALTE PARA JESUS.
    A capa era a sua segurança, era a sua garantia de sobrevivência, ele troca
    tudo por Jesus.
  • 51.Jesus, tomando a palavra, perguntou-lhe: “Que queres que te
    faça?” “Rabôni” –, respondeu-lhe o cego – “que eu veja!”. *
    Porque da pergunta de Jesus?
    Ele pediu o impossível, era cego de nascença,ele não pediu um paliativo, do
    paliativo ele já tinha se livrado (a capa).
    Eu quero somente ver! Quando estamos diante de Jesus, precisamos
    encarar como a maior chance da nossa vida! Eu vejo indiferença diante do
    Santíssimo Sacramento
    Ele disse em outras palavras: Jesus, Eu acredito em Você, eu acredito que
    você é o único que pode resolver o meu problema!
    52.Jesus disse-lhe: “Vai, a tua fé te salvou”. No mesmo instante,
    ele recuperou a vista e foi seguindo Jesus pelo caminho. "
    São Marcos, 10 - Bíblia Católica Online
    A chave do impossível é a fé em Jesus Cristo!
    Bar=filho - esse jovem nem nome tinha
    5 atitudes de Bartimeu
    Procurar a ajuda certa
    Perseverar apesar dos contrários
    Lançou a capa fora e Saltou
    Pedir com fé Jesus
    Seguir a Jesus
    Em resumo:
    Procurar a ajuda no lugar certo : Primeiro tenho que andar por
    onde Jesus possa andar!
    Perseverar apesar dos contrários Preciso ter uma decisão
    decidida em buscar Jesus, mesmo que o mundo grite para me
    calar!
    Lançar a capa fora e saltar de imediato no novo de Deus: tenho
    que abandonar tudo que é o contrário daquilo que eu quero viver!
  • Preciso não me apegar a vida velha e faço isso saltando na nova
    vida
    Pedir com fé em Jesus: Jesus é Deus e sabe de tudo, é
    onisciente, mas mesmo assim espera que nós revelemos a Ele o
    que precisamos! Isso gera compromisso da nossa parte!
    TRIBO 1 – OS QUE ANDAM COM JESUS E ASSIM NÃO
    ENXERGAM JESUS
    DISCÍPULOS DE EMAUS
    Precisamos ter a mesma experiência dos discípulos de Emaús que
    levados pelos acontecimentos não enxergavam Jesus!
    "31.Então, se lhes abriram os olhos e o reconheceram... mas
    ele desapareceu."
    São Lucas, 24